Por Heloisa Gomes, Flaviana Farias e Lara Lins
São 8h:50min e já é o sexto trem com partida da Estação Professor João Felipe a caminho da Vila das Flores. O percurso com duração de mais ou menos 40 minutos passa por 14 estações até chegar seu destino final. No caminho conversamos com um casal de turistas de São Paulo, Jorge e Clara, que acostumados em usar o metrô em sua cidade resolveram utilizar o trem para visitar uma prima que mora em Maracanaú. Jorge, 45, diz que observando a estação João Felipe se encantou com a preservação da arquitetura, mas que sentiu falta de saber alguma informações básicas como preços, horários e mais ainda de alguma coisa que falasse de sua história, e isso nos trouxe essa curiosidade e resolvemos pesquisar.
A Estação Central de Fortaleza foi inaugurada em 1873, mas só em 1946 passou a se chamar Estação Professor João Felipe. Esse nome foi uma homenagem ao engenheiro civil João Felipe que participou da construção da Estrada de Ferro de Baturité. Em 24 de abril de 1980, o prédio da estação foi incluído no programa de Preservação de Patrimônio do Ministério dos Transportes.
Segundo Flávio Jessé, responsável administrativo do Metrofor, diz que em meda passam pela estação 25 mil pessoas por dia. “São muitos os usuários de trem, principalmente devido às tarifas mais baratas. Distribuímos os trens em 20 horários diferentes partindo da Estação João Felipe por dia, inclusive finais de semana e feriados”.
Os vale-trem, antes de R$ 1,30, hoje tem o preço estabelecido em R$ 1,00 (inteira). Menores com idade inferior a 5 anos ou com estatura menor de 1,10 cm não pagam passagem. Aos domingos é cobrado meia passagem a todos os passageiros, somente 0,50 centavos.
A recepcionista Alessandra Cabral,25, diz utilizar o trem todos os dias no percurso de casa ao trabalho. “O trem é melhor que o ônibus, tanto porque é mais barato e porque é mais rápido, não para tanto”, fala Alessandra.
Flávio Jessé ressaltou que a partir do dia 14 de março desse ano, todos os portadores de necessidades especiais poderão se cadastrar para aquisição do passe livre nos trens de Fortaleza. “Essa é uma maneira de fazer com que mais pessoas utilizem os trens e também uma forma de garantir os direitos dos portadores de deficiência”, salienta Jessé.
